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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Ética - Fragmentos 1 - Antonio Marques




Condição humana: Estamos aqui, nascemos e sofremos...


Fins e meios: Diante do sofrimento o que nos resta é tentar minimizá-lo. Quais são nossos fins, quais são os meios? Isto se faz tentando minimizar o negativo e maximizar o positivo. É um aprendizado para vida toda. Nem sempre conseguimos.

O que é o negativo? Negativo é tudo o que mantém ou aumenta o sofrimento. O que faz isto?: arrogância, chateação, dureza, exaltação, impulso, vaidade, violência, dor, ferimento, inferiorização, raiva, rancor, reatividade, precipitação, ressentimento, o que machuca, magoa, faz sofrer, estigmatiza, traz dificuldades. E isto em todas as instâncias, níveis, nuances, graus, intensidades...já que é assim que as coisas existem: o machismo, o racismo, a homofobia...Nos atos (falas, brincadeiras...) nos pensamentos.

O que é o positivo? É tudo aquilo que aumenta o grau de liberdade, saúde, felicidade, bem estar coletivo, vida qualificada: a vontade de ser melhor em todos os aspectos. Isto significa: discordar, reclamar, refletir, conversar, criticar, dizer, falar, opinar, ouvir, escrever, expressar direta e indiretamente. Não acostumar, não naturalizar o cultural, pensar corretamente, com respeito, sinceridade, reparar os erros, não repeti-los, não se ferir, não ferir, ter diplomacia, paz, eficácia, eficiência, saúde, estratégia vitoriosa, fortalecimento das relações sociais...

Meios corretos: Todos os meios são válidos, mas nem todos são efetivos, nem todos são éticos. 

Fala correta, no momento correto: Devemos falar sobre tudo: religião (o mito, o rito e a moral), sobre todas as causas...As vezes deveríamos dizer e não dizemos, noutras não deveríamos ter dito e dizemos. Erramos em dizer e erramos em não dizer. Erramos no momento de dizer, erramos no lugar de dizer, erramos na forma, erramos no conteúdo.

Sem esperar a perfeição: Todos temos aspectos negativos e positivos. O quanto temos? Não é uma resposta fácil. Ainda assim podemos condená-los em nós e nos outros. Não se pode esperar a perfeição para participar da educação coletiva. É preciso estar para além do maniqueísmo.

Natureza do sofrimento: Parte deste sofrimento é causado pelo homem, parte dele ocorre a despeito da ação humana. Do causado pelo homem, parte é intencional e parte é por ignorância. Quando é intencional é um erro ético, quando não é intencional é um erro epistemológico. No erro epistemológico, está o de não prever adequadamente as relações de causa e efeito das ações.

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