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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Deus NÃO está morto! - Comentários sobre o filme por Antonio Marques


  • Ao contrário do que o filme diz a ciência não provou que deus existe e provar que deus não existe não é possível,, assim como não é possível provar a inexistência de qualquer outra coisa,, se não determinarmos as coordenadas espaciais. Pesquise sobre: “ônus da prova”.
  • Se deus criou o universo, quem criou deus? E quem criou o criador de deus?......Mas se esta questão não é uma questão para os cristãos, pois para eles Deus é incriado e eterno, então além de provar a existência de deus, resta provar como é possível um ser eterno, pois isto também contraria a ciência. Um pouco mais sobre Bíblia e Ciência, ver:http://www.bibliadocetico.net/ciencia.html.
  • A filosofia e a ciência podem não saber porque o Big Bang aconteceu, pois elas aceitam que mais ignoram do que conhecem, nem por isso, preenchem as lacunas de suas ignorâncias com qualquer tipo de resposta.
  • Ao contrário do que o filme tenta nos fazer acreditar, a imensa maioria das pessoas possuem fé, e defender o ateísmo ou o agnosticismo é muito mais difícil e demanda muito mais coragem do que defender o fideísmo, o teísmo e o cristianismo. Se precisa muito mais coragem para dizer que não se tem fé do que para dizer que se tem.
  • O filme apesar de supostamente se utilizar de argumentos lógicos e da ciência, o faz apenas quando convém. O fato da maioria das pessoas acreditarem numa coisa, não é a prova de que esta coisa existe. A verdade não é uma questão de maioria. Pesquise sobre a falácia chamada “apelo ao povo” (ad populum).
  • Se deus permite que o mal existe por causa do livre-arbítrio, é preciso explicar como é possível conciliar o livre arbítrio com a onisciência divina. Também explicar com é possível um deus bondoso dar livre-arbítrio sabendo que as consequências desse suposto livre arbítrio tem sido muito danosa para a humanidade. E por último como explicar o mal que acontece com crianças, que em tese não tem maturidade para ter livre-arbítrio e nem defesa eficaz com o mal uso do livre-arbítrio dos adultos.
  • No filme, o amor de deus não é incondicional, está condicionado, baseado numa lógica de reciprocidade, apenas nos salva se o aceitarmos, caso contrário nos condenará ao sofrimento eterno. O nome disto não é amor, o nome disto não é liberdade, o nome disto é chantagem.
  • Deus existindo ou não, nem tudo é permitido, porque vivemos em sociedade. Não é preciso nenhuma religião, nem crença em seres sobrenaturais para ser ético. A empatia é um sentimento independente da fé. O filme é desonesto ao ter dois ateus maus (empresário e professor) quando se sabe que a esmagadora maioria do planeta crê em deus e portanto a maior parte da maldade no mundo não vem dos ateus. Há pessoas muito más que são atéias, mas também há pessoas muito más que são religiosas: cristãs, islâmicas,.... Se mata muito mais em nome de deus do que em nome de qualquer outra coisa. Há ótimas pessoas que são religiosas, há ótimas pessoas que são atéias. O desejo de fundo, no filme, inclusive, é de alguma forma a morte dos ateus. O filme termina com o atropelamento do professor de filosofia.
  • O que o professor de filosofia faz em sua aula é uma falta de ética, já que ele “obriga” as pessoas a declararem-se atéias. Isto não é e nunca foi fazer filosofia. Um professor de filosofia e qualquer outra pessoa tem direito de não crer em nenhum deus, nem por isso ele deve deixar de ensinar, da melhor maneira que pode, os filósofos que não concorda, entre eles os filósofos cristãos. No Brasil, pelo menos, a liberdade de crença é um direito constitucional.
  • O filme menospreza a causa do vegetarianismo. E isto é triste porque nenhum ser capaz de sofrer, deveria nem morrer, nem sofrer apenas para satisfazer nosso paladar. Este é um dos problemas da fé, ela nos exime da reflexão sobre certos aspectos do mundo.

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