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quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Tribo - Julian Beck


“A Tribo tem seu próprio carisma!

A tribo é um grupo de pessoas enlaçadas pelo amor e dessa forma encontram formas de sobreviver, e dessa maneira a tribo exerce uma fascinação especial em uma sociedade carente de amor.


A sociedade tolera as comunidades experimentais na medida em que pensa que elas somente dedicam-se a achar soluções para os problemas que nos colocam as proposições utópicas impraticáveis. Se não encontram as soluções práticas e concretas, terminarão por si mesmas. Se encontram as soluções, a sociedade tenta apoderar-se delas para as neutralizar.

A palavra tribo é aqui utilizada para descrever grupos de pessoas que se acham próximos aos grupos étnicos que não chegaram a perder nunca sua relação com a Terra, o Sol, a Lua, o Vento, a Água, o Fogo, com o Toque. A Alegria, o Prazer de conviver, de trocar as coisas primárias. Grupos cuja existência é o testamento de um certo tipo de Natureza não artificial, que lida com a vida sem arrasá-la, buscando harmonia com a natureza das coisas.

A tribo é um modo de fazer coisas divertidas e inteligentes juntos. Cada membro pretende o benefício e o bem estar de todos os membros. Uma comunidade onde os indivíduos não estão alienados uns dos outros.

Movendo-se numa sociedade que morre de solidão e de seus terríveis efeitos: o amor artificial, a morte prematura, por rivalidade ou inimizade, a morte por dinheiro, a morte por envenenamento do gás das indústrias e de nossas instituições e moralismos caducos- a tribo tem sobrevivido às forças opostas dos tempos graças à ajuda mútua.

Não se pode ser uma comunidade completamente livre dentro de uma sociedade capitalista. É uma ilusão imaginar–se que se possa sê-lo. Enquanto o capitalismo estiver em torno de nós, em nosso interior, não teremos possibilidades. Tudo o que podemos fazer é trabalhar criativamente dentro de algumas limitações até que se desmoronem os muros.

A influência da estrutura pútrida é forte e nós somos fracos. Mas nessa batalha vence o frágil, porque o forte está rígido e podre, e os frágeis são flexíveis e estão vivos!!!”.

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